Há alguns anos eu e a patroa passamos o Ano Novo em bares da região, talvez tenha sido legal por um tempo. Viajar no Ano Novo era um sonho antigo e vimos nessa virada de 2017 para 2018 a oportunidade de pegar a estrada.
Mas veio a pergunta: pra onde a gente vai?
Procuramos alguns roteiros, algo que desse para fazer em três dias. Pesquisamos e encontramos, talvez, a cidade mais turística do estado de São Paulo tirando a capital: Campos do Jordão.
Eu só conhecia as belezas e encantos de Campos do Jordão pela televisão. Decidido o roteiro, teríamos 585Km até lá. Campos do Jordão é perto de Aparecida do Norte/SP, cidade da padroeira do Brasil.
Começamos a procurar hospedagem e eu sabia que lá as coisas são caras, mas não tanto. Pelo Airbnb o mínimo que encontrava era R$200,00 por noite, um preço alto pra quem viaja de moto. Durante a pesquisa achamos um camping em Campos do Jordão, acredita? Entrei em contato e o valor por pessoa era de R$40,00, ou seja, dois dias de hospedagem ficaria bem mais barato do que uma noite em alguma casa.
Blza, mas e agora? Não tenho barraca.
Começamos a pesquisa e fomos à Decathlon, achamos uma de três lugares e optamos por esta barraca.
Teria que ser uma barraca que fosse leve e desse pra levar em cima do baú. Fiz uma adaptação no meu Baú Givi e confesso que doeu um pouquinho o coração rsrsrs, mas valeu a pena.
Conversando com um amigo sobre essa aventura ele decidiu ir com a gente de carro porque a moto dele, uma CBR 600, não estava preparada pra viagem.
Dia 30/12 partimos cedo, umas 5h30. Fomos devagar, pegamos uma leve chuva, mas nada que atrapalhasse a viagem. Seguimos pela Rodovia Washington Luís, totalmente duplicada e sem pedágio pra moto, depois entramos para Rodovia Dom Pedro, um tapete mas essa já com alguns pedágios e finalmente a Rodovia Dutra também pedagiada e movimentada no sentido Rio de Janeiro.
A Flecha Prateada, como sempre encarou a viagem com total tranquilidade e sem nenhum imprevisto, fazendo uma média de 23 a 25km/l.
CAMPO$ DO JORDÃO
Campos do Jordão fica no topo da serra, por isso faz bastante frio. A rodovia é bem conservada e com um visual incrível, mas visto só na volta porque chegamos debaixo de chuva.
Entramos na cidade umas 13h30, a avenida principal estava totalmente congestionada, um trânsito caótico, lembra horário de pico em São Paulo, e muita chuva grossa.
Paramos num restaurante e aí começamos a ter nossas impressões. O atendimento em Campos é péssimo, talvez os atendentes estavam de saco cheio por causa do Ano Novo e aquele monte de turista lá, mas a comida era boa.
A chuva diminuiu e fomos até o Camping da Malu.
A Malu é uma mulher simpática e “diferentona”. Nos recebeu bem e como estava chovendo bastante, tentou nos colocar num lugar seco. Ficamos debaixo de uma construção.
Levantamos as barracas, nos organizamos e fomos tomar banho. O camping da Malu é bem localizado a alguns metros do point da cidade, a Vila Capivari, mas a estrutura de banheiro decepcionou porque era bem longe e muiiiito zoado e pequeno, mas quem tá na chuva é pra se molhar. Se o banheiro melhorar com certeza vira camping 5 estrelas.
Fomos pra Vila Capivari, andamos um pouco e ah! A noite também tem zona azul, aquele imposto que você paga para deixar seu carro estacionado na rua.
Quando você vai chegando na cidade vai passando por vários outdoors do Pastel do Maluf e você não vai acreditar, o garoto propaganda é o ex-político Paulo Maluf, rsrs e também tem outros personagens como o Sergio Malandro (Glu glu iêi é). O pastel é bem famoso, como um patrimônio da cidade junto com o fondue. Resolvemos experimentar.
Sinceramente, o pastel não é nada demais. É um pastel grande e caro. Pasmem:R$30,00 cada. Comi pra experimentar.
Continuamos nossa volta pela Vila, pessoal bem vestido, lugar bonito, bem decorado, clima agradável, seus 15°.
As meninas tomaram um chocolate, cada copinho R$15,00, segundo elas chocolate misturado com amido de milho, sério.
Batendo perna em Campos – 31/12/2018
No dia 31/12, acordamos e fomos andar pelos outros pontos turísticos da cidade: Teleférico, Serras e Bondinho.
O teleférico é bem legal e preço justo, 15 pilas para subir e descer. Lá de cima você tem a vista da cidade e também barraquinhas pra você comprar uma lembrança. No “pé” do bondinho tem um minishopping com várias coisinhas e roupas de inverno.
Andamos de bondinho, (fuja), é um passeio na avenida principal e quando chega na entrada da cidade eles pedem pra você virar o banco, sério mesmo. A gente pensou que ia ser um puta passeio de trem na hora que comprou, mas o trem estava quebrado e com previsão para voltar a funcionar só em junho de 2018.
Campos precisa do amor do Dia dos Namorados
Fora a Vila Capivari e as Serras, Campos é uma cidade mal conservada (uma pena), com mato alto, ruas esburacadas, trânsito pesado (lá não tem semáforo, mas tem muito radar), atendimento ruim, por ser um ponto turístico e famoso deveriam ter um carinho melhor com a cidade, na minha opinião o primo pobre de Gramado/RS.
A noite, já na virada, voltamos à Vila Capivari, teve um show aberto na praça, estava bem lotado, com muitos adolescentes e bebuns hehe. Demos uma volta por lá e resolvemos procurar um barzinho e achamos o Bar Beko com um simpático garçom, daqueles gente boa que sempre tem uma boa piada na ponta da língua e é amigo da galera, abraça todo mundo. Uma boa banda tirando um Rock N Roll de primeira e na mesa da frente um maluco ajoelhado pedindo a namorada em casamento hehe (sério).
Depois foi só contar os minutos e esperar a chegada do Ano Novo. Aqueles votos sinceros, beijos e abraços e uma oração para um 2018 de realizações.
No dia 1/1/2018 levantamos acampamento por volta das 10h e nos despedimos da Malu. A descida da serra tem um visual incrível que valeu toda a visita. A rodovia estava tranquila, com pouco movimento e com a maioria das lojas de conveniência dos postos fechados, afinal o pessoal merece descanso neh.
Foi uma boa experiência, nos divertimos, conhecemos um lugar novo e mais uma história pra contar. Como sempre a Flecha Prateada só deu alegria.
Não é o destino. É o trajeto!
Abs,
Mats
Obrigado por ter compartilhado sua viagem com a gente! Legal!!!
Já tive uma viagem semelhante a Campos, só que foi numa data diferente do ano novo (já faz muiiiito tempo). Percebi as mesmas coisas…. cidade lotada, muito trânsito, atendimento a desejar e tudo com preço elevado. Tambem fiquei num camping e o banheiro estava péssimo!
O trajeto e a aventura compensam o passeio… uma história para contar🙄.
Enfim… Você resumiu e fechou com as palavras certas…. Eu acrescentaria algo que fez a diferença… “Não é o destino… É o trajeto e a boa companhia que faz valer a pena!”✌
Abraços a todos.
Minha “Pepper”🌶 chega este mês👏👏
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Fala Mauricio! tudo bem? Que legal seu comentário. Sinceramente eu estava achando que o texto estava muito crítico rsrs, ainda bem que vc tb teve a mesma impressão. Vc fez uma viagem bem parecida com a minha hein! Com certeza as boas companhias fazem a diferença em qualquer viagem. Vc será muito feliz com a sua Pepper hehehe só alegria! Grande Abraço!
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