Viagem para o Encontro VMAS – Viagem de Moto América do Sul – Delfinópolis/MG

São José do Rio Preto/SP a Delfinópolis/MG

Recebi o convite do amigo Guilherme Bordon no dia 14/06 pro encontro do VMAS 2017 que começava dia 15/06 em Delfinópolis/MG.  Aceitei. Cheguei em casa, arrumei a bagagem e esperei o dia amanhecer. Partimos.

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mapa

Saímos de São José do Rio Preto/SP por volta das 6h50 e chegamos em Delfinópolis às 10h30.

A viagem foi tranquila com uma rodovia pouco movimentada, temperatura de 12°, baixa pra gente que é acostumado a temperatura média de 30°. Abastecemos em Franca/SP e na entrada de Minas uma pausa na blitz. Próxima parada foi na balsa que leva até Delfinópolis. Uma curiosidade é que não se paga a travessia na ida, apenas na volta o valor de R$6 e pouco e as motos sempre entram primeiro. Portanto se você for para Delfinópolis, pode ficar bem na frente dos carros, ali do lado de um buteco.

Na balsa encostamos próximo a uns motociclistas que estavam vindo do Paraná, tinham rodado mais de mil km e estavam indo pro mesmo encontro.

Desembarcamos e partimos. Ficamos no mesmo camping do evento Pousada Trilha de Minas   da Anabel. Depois de montar a barraca foi só relaxar, tomar uma e conhecer a galera.

camping
Eu, Reginaldo de Rio Verde/GO e Guilherme Bordon de Rio Preto/SP

Na sexta,16/06 foi o grande dia de toda essa aventura.

Foi a primeira vez que coloquei a NC750X na terra.

Formamos um grupo de seis motociclistas com o objetivo de almoçar na Pousada da Vanda. Acredito que até chegar lá foram uns 80 ou 90km de estrada de terra, pedra e cascalho.

Senti que a NC não dá muita segurança na terra como as BMW GS800, logicamente sei que a NC não é apropriada pra terra, a frente é muito mole e tem que fazer muita força pra segurar a moto, mas mesmo assim encarei o desafio. Também foi a minha primeira viagem em estrada de terra. Confesso que estava bem tenso, tentando controlar a moto pra não comprar um lote em Delfinópolis (gíria utilizada pra tombo) logo no começo da viagem. Motociclistas mais experientes estavam em casa, pareciam que estavam num playground.

Subidas nervosas e descidas bem íngremes.

O que me chamou a atenção foi que o freio ABS da NC750 se comportou muito bem e não travou a roda traseira.

Não usei o freio da frente porque a primeira dica dos caras foi: “Esquece o freio da frente senão é chão”.

Nessa viagem eu era virjão de tudo rsrs. Primeira vez na terra, primeira vez andando com outros motociclistas, primeira vez viajando à noite.

Chegamos na Serra da Pedra Calçada, acredito que deve ter esse nome porque a subida é por meio de uns blocos (vídeo). A vista de lá é sensacional.

serra da pedra calçada
Serra da Pedra Calçada

A viagem correu tranquila até chegarmos ao nosso destino. Parada pro almoço.

Restaurante da Vanda
Restaurante da Vanda

Eu deveria escrever um post só sobre a comida. Pelo amor de DEUS! QUE COMIDA BOA! Vale os R$30,00 cobrados. Comida feita no fogão à lenha. Arroz, feijão, macarrão, frango caipira, carne de panela e uma costelinha de porco melhor do que a do Outback, sem brincadeira, um torresmo delicioso, batata chips, (salivando aqui em cima do teclado), salada, maionese e o delicioso queijo mineiro. Lá você encontra a galera do motocross, portanto o lugar lota, mas é tranquilo. Voltando à comida, você só pode repetir uma vez rsrs, mas é o suficiente. Na Vanda passa cartão de débito e além do almoço você pode comprar alguns produtos feitos lá como doces e queijos. Não deveria ter experimentado o queijo porque ele me fez desembolsar mais R$20,00 pra trazer um pra casa. Que QUEIJO DOS DEUSES. Se você for na Vanda, leve um queijo pra casa, não vai se arrepender.

Depois de ter engordado uns 5kg, pausa pra um breve descanso porque o mais difícil estava por vir.Finalmente começamos a subir a

Serra da Pedra Branca.

A primeira subida foi tranquila, a não ser para uma Honda Varadero que estava com a gente que também era “marinheiro” de primeira viagem, mas a Serra não contava com uma coisa: O COMPANHEIRISMO MOTOCICLISTA e seu lema, “A gente sai junto e chega junto.”

Nos ajudamos para subir a Varadero no primeiro areião. Superamos. Andamos mais um pouco e logo à frente uma curva pra esquerda. A ideia era manter distância do companheiro da frente porque caso ele caísse e a moto descesse teria como ter um espaço de segurança. Quando fiz a curva, exigindo bastante do motor, vi que um colega estava parado à frente e resolvi parar, mas infelizmente parei no lugar errado. A moto foi pra direita e segurei ela, mas na hora que tombou pra esquerda a perna não aguentou por causa da inclinação e fui pro chão. Levantei e a galera chegou pra ajudar a levantar a moto. Tentei ligar e a NC nada. Dei um tempo, desliguei, retirei a chave e tentei novamente. Ufa! Ligou! A NC tem um sistema de segurança em que em certa inclinação corta o combustível por segurança.

O Davi me ajudou a passar por aquele trecho e depois fui embora. Quando cheguei no topo da montanha sentia um alívio e a sensação de dever cumprido. O companheirismo superou a montanha.

Olha aí a galera!

Galera
Da esquerda pra direita: Eu, Reginaldo, Guilherme, Davi, Vinicius e Igor.

De lá foram mais uns 20 km de terra até o Parque Nacional da Serra da Canastra. Chegamos umas 17h, já estava quase fechando. Deixamos as motos lá na frente e descemos mais uns 2km a pé até a Cachoeira da Casca d’Anta.

Casca d'Anta
Cachoeira Casca d’Anta

Saímos de lá às 18h e em Minas neste horário já é noite. Encaramos mais uns 20km de terra à noite. Foi punk! Muitos carros no outro sentido, poeirão, escuro. Se de dia já é foda pilotar na terra, imagina à noite. Só tenho uma coisa a falar: Raça!

Finalmente chegamos a Piumhi/MG e lá descobri que teríamos que rodar mais uns 200 km pela rodovia. Curvas adoidadas, um frio nervoso e estrada pedagiada.

Volta

Graças a Deus chegamos bem e sem nenhum problema. Depois foi só descansar, tomar uma e aproveitar o evento. No domingo levantamos acampamento, tomamos café e voltamos pra Rio Preto.

Ah!Trouxe uma lembrança comigo pra nunca me esquecer daquela serra rsrs.

Serra da Pedra Branca
Pedra da Serra Branca

Abs,

MATS

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